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Documentários do projeto “Os Cearenses” serão exibidos no Festival Vida & Arte

Uma produção da TV O POVO e da Fundação Demócrito Rocha, os filmes contam as histórias de nomes reconhecidos do Ceará, como Patativa do Assaré, os Irmão Aniceto e Rachel de Queiroz

14.06.18 - 08H55 Por yngwie

Conhecer para se reconhecer. Tendo essa frase como destino, a Fundação Demócrito Rocha e a TV O POVO desenvolveram o projeto audiovisual “Os Cearenses”, uma série de docudramas que narram a história de grandes nomes da história do Ceará. Desde 2009, foram produzidas cinco temporadas, com 34 documentários ao todo.

No Festival Vida & Arte, serão exibidas, durante os dias 22, 23 e 24 de junho, algumas dessas obras. Personagens como o poeta Patativa do Assaré, a escritora Rachel de Queiroz e o Padre Cícero são destaque dos documentários. Também serão projetados filmes sobre manifestações culturais importante no Ceará, como o maracatu, e sobre movimentos relevantes na história cearense, como a Padaria Espiritual e os Abolicionistas.

Confira abaixo um resumo dos docudramas que serão apresentados durante o Festival:

Demócrito Rocha

Demócrito Rocha nasceu em Caravelas, cidade interiorana da Bahia, no dia 14 de abril de 1888. Era dentista e funcionário dos Correios e Telégrafos. Intelectual, foi deputado federal e jornalista combativo. Fundou o Jornal O POVO em 1928. Demócrito Rocha também pertenceu à Academia Cearense de Letras.

Irmãos Aniceto

Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto é um grupo folclórico e musical que surgiu ainda no século XIX, tendo como fundador José Lourenço da Silva, o Aniceto. Desde então, vem sendo tocada por seus amigos, filhos e netos, todos agricultores de Crato. Ainda hoje, os integrantes mantêm a tradição de confeccionar os instrumentos com peles de bode ou carneiro esticadas sobre enormes troncos de madeira, com o miolo retirado a golpes de machado. Os pífanos são feitos de tabocas.

Maracatu

Maracatu é um ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso cristão com as crenças africanas. Nos registros mais antigos, os desfiles de maracatu em Fortaleza ocorriam nas festas do ciclo natalino, nas festas da Nossa Senhora do Rosário e de Corpus Christi, onde não eram bem aceitos. A partir de 1937, com o desfile de estreia do maracatu Az de Ouro, criado por Raimundo Alves Feitosa em 1936, o maracatu cearense passou a assumir a formação de um bloco carnavalesco e a desfilar durante os carnavais, como ocorre até hoje.

Juvenal Galeno

Juvenal Galeno da Costa e Silva nasceu em Fortaleza em 27 de setembro de 1838. Escritor, foi autor de numerosas poesias assim como da obra crítica Lendas e Canções Populares. Seu livro Prelúdios Poéticos de 1856 é considerado como marco inicial do Romantismo no Ceará.

Padaria Espiritual

Reunindo escritores, pintores e músicos, foi um dos mais importantes movimentos literários do nosso Estado. Surgiu no centro de Fortaleza em 30 de maio de 1892.

Quatro Ases e um Coringa

Um dos mais criativos grupos da música popular brasileira. Foi, juntamente com os Anjos do Inferno, o conjunto de maior destaque na segunda fase da chamada época de ouro da música popular brasileira, principalmente na década de 1940.

Os Abolicionistas

Movimento que contribuiu para que o Ceará se tornasse a primeira província brasileira a abolir a escravidão.

Beato José Lourenço

José Lourenço Gomes da Silva, mais conhecido como beato José Lourenço, foi líder da lendária comunidade Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, que dava abrigo às famílias camponesas que fugiam da exploração imposta pelos latifundiários, no distrito do Crato.

Lauro Maia

Lauro Maia Teles nasceu em 6 de novembro de 1913 na Capital cearense. Músico e radialista. Parceiro de Humberto Teixeira, é considerado criador do “balanceio”.

Patativa do Assaré

Homem rural, sem estudos, Antônio Gonçalves da Silva nasceu na Chapada do Araripe, na pequena Assaré. Apelidado de Patativa, transformou-se num dos grandes poetas brasileiros do século XX. A obra de Patativa é estudada nas maiores universidades do mundo. Consagrado, morreu no dia 8 de julho de 2002.

José de Alencar

José de Alencar é um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. Nasceu em Messejana, Ceará, em 1829. Entre suas obras, clássicos como Iracema, O Guarani, Senhora, O Tronco do Ipê e Ubirajara. Político polêmico, foi Senador do Império e Ministro da Justiça de Pedro II.

Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz é uma das mais importantes escritoras brasileiras. Foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na lendária Academia Cearense de Letras. Além da literatura, Rachel dedicou-se ao jornalismo e à tradução. Foi colaboradora do Jornal O POVO durante décadas. Destacam-se em sua obra os romances: O Quinze, Memorial de Maria Moura e As Três Marias.

Antônio Conselheiro

Antônio Vicente Mendes Maciel, mais conhecido como Antônio Conselheiro, nasceu em Quixeramobim, no dia 13 de março de 1830. Líder religioso, adquiriu uma dimensão messiânica ao liderar o Arraial de Canudos, um pequeno vilarejo no sertão da Bahia, que atraiu milhares de sertanejos, entre camponeses, índios e escravos recém-libertados, e que foi destruído pelo Exército da República na chamada Guerra de Canudos em 1897.

Padre Cícero

Cícero Romão Batista nasceu no Crato em 24 de março de 1844. Ordenado Padre, foi enviado ao povoado de Juazeiro em 1871. Em pouco tempo a localidade se transformou num centro de peregrinação religiosa. Entrou em conflito com o Vaticano, sendo afastado de suas funções de padre. Ingressou na política, sendo vice-presidente da província do Ceará. Fundou a cidade de Juazeiro do Norte em 1911. .

Dragão do Mar

Francisco José do Nascimento nasceu em Aracati no dia 15 de abril de 1839. Virou Chico da Matilde, em homenagem a sua mãe. Participou como líder dos jangadeiros do movimento abolicionista do Ceará. Homem de ação, todas as vezes que anunciavam o embarque de escravos, ele lançava-se ao mar em sua jangada e acompanhava a esteira branca do Navio Negreiro até o final da Ponta do Mucuripe. Por este motivo, recebeu o “título” de Dragão do Mar.

Serviço

A exibição dos documentários “Os Cearenses” será realizada nos dias 22, 23 e 24 de junho durante o Festival Vida & Arte. Confira mais na programação.

O Festival

Local:  Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999);

Quanto: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) – válido para toda a programação do dia no evento (o acesso aos espaços estará sujeito a lotação). Ingressos à venda no site, na recepção do Jornal O POVO (Av. Aguanambi, 282 – Joaquim Távora) e nas Lojas JEF Iguatemi (Av. Washington Soares, 85 – 787 – Edson Queiroz) e RioMar Fortaleza (R. Des. Lauro Nogueira, 1500 – Papicu)

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