Por Dentro do Festival #MeditaçãoBanhoDeLuz
A repórter Priscila Baima participou da meditação “O Banho de Luz”, com Somraaj (Henrique de Castro) à meia-noite de sábado (23) e conta como foi a experiência.
O “Por Dentro do Festival” é a sessão em que os repórteres do portal Festival Vida & Arte acompanharam programações do evento e narram como foi a experiência de vivenciar atrações de música, teatro, espiritualidade, manifestações culturais, entre outras, dentro do maior festival multicultural do Brasil. A repórter Priscila Baima participou da meditação “O Banho de Luz”, com Somraaj (Henrique de Castro) à meia-noite de sábado (23) e conta como foi a experiência.
A noite estava prestes a adentrar na madrugada. O Centro de Eventos ainda estava repleto de gente. Perto da meia-noite, os shows do festival começavam a esquentar, os cafés estavam cheios de pessoas e todas as essências do andar de meditação apaixonava quem por ali caminhava com olhar curioso. Eu sempre fui curiosa e, por isso, decidi entrar na Sala Laranja para a meditação “O Banho de Luz”.
A sala estava iluminada de um jeito único: o teto parecia uma constelação de luzes quentes e vibrantes, os colchonetes espalhados pela sala nos convidava a sentar e descansar. Henrique estava aguardando o público para iniciar a meditação. Sentei de forma desajeitada em um dos colchonetes do lado esquerdo da sala, nem tão próximo e nem tão longe.
De olhar sereno e calmo, Henrique, após a chegada de meus colegas de meditação, explicou como funcionava O Banho de Luz, dividido em cinco estágios de distribuição de energia por meio da respiração. Fiquei atenta ouvindo seus ensinamentos primeiros e iniciei os estágios. Iniciei respirando fundo e sentindo como eu estava deixando o ar entrar e sair do pulmões.
OLHOS FECHADOS, RESPIRAÇÃO PROFUNDA
Antes de iniciar o exercício, apliquei duas regras para mim mesma: a primeira delas é fazer todos os estágios de olhos fechados. A segunda é respirar o mais forte que eu pudesse. É como se você conseguisse de alguma forma obter quase 100% do controle de si.
Uni minhas mãos como se estivesse fazendo uma oração. Depois disso, comecei a fazer o mantra BA RA CAF, em que há uma organização de energia do céu para terra e internalizando para dentro de nós. Nesse estágio, pude sentir que se eu estivesse com raiva, rancor, alegria ou medo, eu tinha que está presente totalmente nessa sensação e deixar que ela ficasse ou saísse de mim, principalmente no momento em que expirava e batia minha mão no chão.
O segundo estágio foi, sem dúvidas, o mais estranho e novo para mim. Coloquei as mãos uma em cima da outra no raio (umbigo, onde se concentra energia) e fiz um giro anti-horário tendo como base a coluna. Girei por alguns minutos ao som da música que ecoava. Minha coluna estava conectada de alguma forma com a melodia. E o fiz por alguns minutos.
A posição do terceiro estágio foi a que eu acredito ser a mais conhecida: me permaneci sentada com a palma da mão para cima e em cima do joelho. Inspirei com o nariz e expirei pela boca, fazendo uma espécie de movimento com as mãos como se tivesse expulsando algo de dentro de mim. Senti como se estivesse descarregando grandes energias ruins pelas pontas dos dedos e da cabeça.
No próximo estágio, me deitei. Essa é uma posição que representa, pessoalmente, uma espécie de vulnerabilidade, mas também de confiança e acolhimento. Inspirei forte e senti toda essa respiração ir para o centro da minha cabeça. É nessa quarta etapa que pude sentir o verdadeiro banho de energia ser iniciado. Abri um pouco os olhos e deixei, simplesmente, ser banhada. O último estágio e mais potente de todos se resume em oferecer todo esse banho de energia em forma de amor para o universo e para as pessoas de todo os lugares do mundo.
A meditação teve duração de quase uma hora, mas a prama (energia do cosmo) nos faz perceber que a troca de energia é muito além do tempo e do espaço. Tudo se faz luz quando nos entregamos a essa troca, quando somos sinceros conosco e com todos os nossos sentimentos. Acredito que você que está lendo essa experiência possa um dia sentir o que eu senti, banhar-se nessa entrega e flutuar no cosmo com todas as suas camadas. É simples, puro e limpo. Um verdadeiro banho de luz.